saúde pública

Pediatras aprovados em concurso da prefeitura de Santa Maria não suprem a falta de profissionais

Foto: Charles Guerra (Diário)
População aguarda o fim das filas em locais como UPA e PA 

A realização de um concurso poderia ser a solução para um problema crônico que afeta a população de Santa Maria há anos: a falta de pediatras na rede pública de saúde. Porém, as vagas não foram preenchidas. O motivo: falta de candidatos. Ontem, a prefeitura divulgou o edital com o nome dos candidatos que passaram no concurso para a área de saúde e para o magistério. Foram ofertadas 26 vagas para médicos pediatras, mas apenas 3 foram aprovados.

Foram ofertadas 90 vagas na área da saúde, distribuídas em 15 especialidades. As vagas para médico neurologista não tiveram aprovados porque não houve inscritos no concurso. Já nas especialidades de gastroenterologista e radiologista, os candidatos inscritos não compareceram à prova. 

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Por causa da ausência de profissionais em unidades básicas de saúde, os pronto-atendimentos da cidade, que deveriam atender apenas urgência e emergência, acabam ficando lotados. Entre as justificativas para a baixa procura para suprir as vagas - as inscrições para o concurso da área de saúde tiveram o prazo prorrogado -, está o salário, que não seria atrativo.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Conforme a secretária de Saúde de Santa Maria, Liliane Mello Duarte, em relação aos casos em que não houve inscritos ou homologações, a proposta é buscar o encaminhamento dos serviços por meio de parcerias com instituições de saúde de referência, com o apoio do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS). Outra alternativa seria a terceirização, neste caso com organizações públicas ou privadas.

Sobre a pediatria, Liliane explica que a pasta está desenvolvendo um novo modelo de atendimento, voltado para a atenção primária, que prioriza as ações das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF).

- Como existe essa demanda, estamos propondo um novo roteiro assistencial, em que o médico acompanha e orienta as famílias em um atendimento inicial. Caso seja necessário uma atenção mais específica, o paciente será encaminhado para o pediatra nas policlínicas ou nas unidades de saúde de maior porte, que seriam referência nesse serviço. O objetivo é investir na prevenção de doenças e promoção da saúde das crianças. Claro que esse trabalho requer uma mudança também de cultura - explica a secretária.

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CHAMADA

Com a homologação final, a prefeitura trabalha, agora, na análise técnica referente ao orçamento e outras medidas para viabilizar o chamamento e a nomeação dos aprovados. Na área da saúde, a secretária Liliane explica que aguarda o retorno dos profissionais que estão em férias para dar início ao planejamento da distribuição das vagas.

- Essa colocação de profissionais vai depender, basicamente, dos recursos financeiros que teremos à disposição. A partir daí, poderemos fazer um planejamento e a realocação da equipe - justifica.

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